Sexta, 29 de agosto de 2014 às 09:45

Máquinas submersas por cheia do Iguaçu começam a reaparecer

ão três escavadeiras e uma grua; Consórcio retira água com bombas

Somente agora, depois de 50 dias do auge das cheias que castigaram várias regiões do Paraná, é que máquinas submersas pela cheia, na região do canteiro de obras da Usina de Baixo Iguaçu, começam a reaparecer. Grande parte do território ocupado pela hidrelétrica, na divisa entre Capanema e Capitão Leônidas Marques, na divisa entre Oeste e Sudoeste do Estado, foi afetado pela enchente do Iguaçu, que provocou danos significativos em vários municípios ao longo do seu trajeto.

Devido ao grande volume de chuva, o nível do rio subiu depressa e os funcionários da hidrelétrica não conseguiram retirar e colocar todo o maquinário em regiões mais seguras a tempo. Além do recuo do nível do Iguaçu, o reaparecimento de três escavadeiras e de uma grua se deve a um cuidadoso trabalho de retirada de água da região da ensecadeira feita com a ajuda de bombas especiais por equipes do Consórcio Geração Céu Azul, que venceu licitação para a construção da usina - é formado pela Neoenergia e pela Copel.

Para evitar qualquer risco adicional ao meio ambiente, a assessoria de imprensa do Consórcio informa que os trabalhos são realizados sob rigorosos critérios, justamente para atender às recomendações da Justiça e de órgãos de fiscalização.

A empresa ainda não sabe se as máquinas que ficaram submersas voltarão a operar. Apenas uma avaliação mecânica profunda vai indicar a extensão dos danos. Há suspeitas de que outros equipamentos ainda estejam no leito do rio. A previsão é de recuperação desses itens em poucos dias.

Obras seguem paralisadas

Além dos milhões em prejuízos com a cheia do Iguaçu, o Consórcio Geração Céu Azul foi obrigado a paralisar os trabalhos devido a uma nova determinação judicial. O Tribunal Regional Federal, da 4ª Região de Porto Alegre, emitiu dia 18 de junho a suspensão da licença de instalação da hidrelétrica. Na justificativa, o TRF4 disse que o IAP, ao conceder o licenciamento, não levou em conta ressalvas apresentadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, que gere o Parque Nacional do Iguaçu. O temor é quanto a possíveis prejuízos do empreendimento à reserva e às Cataratas do Iguaçu.

Diante do cenário adverso, a Consórcio se viu obrigado a dispensar perto de mil dos seus cerca de 1,7 mil funcionários. Ele tenta reverter a decisão na Justiça, mas a expectativa é de que os trabalhos não sejam retomados neste ano. Enquanto isso, gestores de municípios afetados debatem meios de minimizar os impactos. A prefeita de Capanema, Lindamir Denardin, informa que o clima é de insegurança, porque além de muitas pessoas sem trabalho obras públicas, em áreas essenciais, correm o risco de ser paralisadas. "Estamos tentando ajudar da melhor forma possível a encontrar saídas para um quadro que é preocupante", admite o prefeito de Capitão Leônidas Marques, Ivar Barea.

Fonte: Oparaná

Fonte:

Veja também: