Quinta, 04 de setembro de 2014 às 09:19

Moradores fecham BR-163 e pedem indenização à Copel

Fonte: G1



Cerca de 300 pessoas bloquearam, desde a manhã até às 16h30 desta quarta-feira (3), a Ponte do Rio Iguaçu, na BR-163, entre Capitão Leônidas Marques e Realeza, no sudoeste do Paraná. O protesto era de moradores atingidos pela inundação provocada pela abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Salto Caxias em junho deste ano. O trânsito era liberado em meia pista a cada 30 minutos, conforme os manifestantes. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanhou o protesto e informou que filas de até 10 km ser formaram nos dois sentidos. Mesmo depois do fim do protesto o trânsito ainda era lento na rodovia, segundo a PRF.
Os moradores reclamam que a Companhia Paranaense de Energia (Copel) indenizou somente 60 famílias de Nova Prata do Iguaçu e Realeza. Desta forma, ainda segundo os manifestantes, moradores atingidos pelas inundações em Capitão Leônidas Marques, Capanema, Nova Prata do Iguaçu, Realeza, Santa Lúcia e Boa Vista da Aparecida ficaram desassistidos. A reivindicação é para que a Copel indenize as 315 famílias atingidas cadastradas pela Defesa Civil.
Em nota, a Copel disse que, ao todo, vai indenizar 63 famílias que moram na área do vale do Rio Cotegipe e de afluentes, entre Nova Prata do Iguaçu e Realeza. São cerca de R$ 3 milhões em indenizações. Segundo a Copel, outras 250 famílias vão receber uma ajuda de custo de até R$ 4 mil.
Após as chuvas que caíram no estado entre os dias 7 e 8 de junho, a Copel abriu as comportas da Hidrelétrica de Salto Caxias e a força da água causou estragos em centenas de casas ao logo do Rio Iguaçu. De acordo com a empresa, a abertura das comportas foi necessária para evitar que a água transbordasse o limite da represa. Conforme a Copel, se isso acontecesse, os prejuízos poderiam ser ainda maiores na região.
Na ocasião, a Copel informou ter avisado a Defesa Civil de que as comportas da usina seriam abertas. Já a Defesa Civil disse que foi informada só no momento em que as comportas foram abertas, o que dificultou o aviso aos moradores.

Fonte:

Veja também: